CARAVANA AGROECOLÓGICA: PARTICIPAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE SABERES





Adeilma Porcino de Araujo[i]. Instituto Federal Baiano campus–Serrinha-Ba. E-mail: adeilmaporcino@gmail.com;

Elisabeth Teixeira dos Santos[ii].Instituto Federal Baiano campusSerrinha-Ba. E-mail: elisabethteixeira@gmail.com;
Antonio José de Souza[iii]. IF Baiano/Serrinha. E-mail: tonnysouza@gmail.com.

  

ALGUNS PREÂMBULOS

 

O presente relato tem o objetivo de apresentar parte da experiência do Projeto Caravana Agroecológica: saberes, práticas, cultura e educação no Território do Sisal, vinculado ao Núcleo de Estudo de Agroecologia (NEA) e ao Laboratório de Políticas Públicas, Ruralidades e Desenvolvimento Territorial (LaPPRuDes) ambos do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia Baiano – IF Baiano Campus Serrinha. O referido projeto foi aprovado por meio do edital de extensão N° 04/2019 PROEX/CPPEX/IFBAIANO, Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Extensão – PIBIEX, sob coordenação da professora Maria Auxiliadora F. dos Santos.
A Caravana Agroecológica, definitivamente, constituiu-se em interação, reflexão de diversos saberes acerca da agricultura na perspectiva agroecológica e numa salutar troca de experiências culturais, acadêmicas, técnicas e profissionais em localidades do município de Serrinha, Bahia, Território do Sisal.
  O projeto, entre outras coisas, desenvolveu oficinas na sede do IF Baiano Campus Serrinha; em um bairro da cidade, chamado Urbes I, e em três comunidades rurais, a saber: Canto, Quilombo Lagoa do Curralinho e Subaé. A Caravana Agroecológica permitiu a nós, estudantes envolvidos, que determinadas teorias fossem associadas às práticas, fortalecendo a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão para a construção de uma formação pessoal e profissional contextualizada e problematizadora. À vista disso, o propósito deste trabalho é compartilhar a experiência, das duas primeiras autoras, no envolvimento e na execução do projeto, relatando as vivências e percepções em relação à metodologia participativa aplicada na Caravana. Sobre isso, Silva e Lopes (2015, n.p., grifo dos autores) dizem que:

 

As caravanas funcionaram como exercícios metodológicos para o desenvolvimento de um “novo olhar” sobre as experiências de agroecologia. Em vez de enfocá-las a partir dos eixos temáticos a nova perspectiva propõe uma visão integradora entre as diferentes dimensões referenciadas à realidade dos territórios enfocados.

 

A ênfase dos autores ao “novo olhar”, representa bem o que significou o Projeto da Caravana, pois estabeleceu uma proximidade e envolvimento entre os estudantes e servidores do IF Baiano Campus Serrinha e as organizações, comunidades rurais e espaços escolares de ensino fundamental, tencionando, desse modo, outras práxis territoriais tendo como base a agroecologia, através do diálogo e a participação dos(as) vários(as) agentes na construção e execução do mencionado projeto.

 

A PARTILHA DA EXPERIÊNCIA


A Caravana Agroecológica teve em seu bojo o envolvimento de diversas representatividades, tais como: lideranças de comunidades, agricultores e agricultoras, estudantes, crianças, jovens, mulheres, quilombolas, movimentos sociais, professores e professoras. Desse modo, como já dissemos, a ação primaz da Caravana teve efeito de aproximação e, por consequência, de fortalecimento das práticas agroecológicas no município de Serrinha e, consequentemente, no Território do Sisal, além de proporcionar o diálogo entre os conhecimentos populares com o científico, desfazendo qualquer dicotomia, criando um novo espaço-tempo, uma outra razão (SANTOS, 2002).
Nessa dinâmica de execução do projeto, predispôs-se representantes da sociedade civil, as entidades e movimentos no intuito de estabelecer ações estratégicas que possibilitassem melhor concretização das atividades, consolidando parcerias e formando grupos mobilizadores das comunidades nas quais ocorreram o projeto. Através da construção coletiva e a interação das diversas instituições e seus(suas) integrantes, garantiu-se que as Caravanas tivessem correspondências às realidades e particularidades de cada local, rompendo com o padrão de “ação arrogante” como retratado por Leff (2001, p. 233-234):

 

[...] capaz de induzir um processo participativo de tomada de decisões, onde a população deixe de ser controlada (alienada, manipulada) pelos mecanismos cegos do mercado e por leis científicas governadas por processos automáticos, acima de sua consciência e seu entendimento.

 

Nesse sentido, a primeira Caravana ocorreu no bairro do Urbis I, especificamente, na Escola Municipal Plínio Carneiro; a segunda na comunidade Canto, a terceira na comunidade do Subaé, a quarta na comunidade Quilombola de Lagoa do Curralinho e a quinta aconteceu no IF Baiano Campus Serrinha, concomitantemente à I Semana do Cooperativismo e II Feira da Economia Solidária.

 

Metodologias utilizadas e processos educativos


O itinerário da Caravana Agroecológica deu-se, primeiro, contactando as entidades com a finalidade de dialogar, com os membros partícipes, sobre as ações e as estratégias de execução do projeto. Essa fase foi marcada pelo trabalho coletivo em todo o processo de construção do projeto e as decisões acerca dos locais onde ocorreriam os encontros. Para garimpar apoio, o projeto da Caravana Agroecológica foi apresentado na Câmara dos Vereadores do município de Serrinha/BA.
Como o apoio necessário, com os(as) partícipes mobilizados(as) e as rotas definidas, iniciaram-se as atividades. O último momento da Caravana culminou na avaliação das ações com as entidades parceiras, foram elas: as comunidades do Canto, Subaé, Lagoa do Curralinho, a Escola Municipal Plínio Carneiro, a Secretaria de Meio Ambiente, o Movimento de Mulheres Negras Dandara do Sisal, o Conselho Municipal de Meio Ambiente, a Frente Parlamentar Ambiental, a UNICAFES, a Associação do Canto Consisal, o Coletivo LGBT Flores do Sisal, o CETEP SISAL, o SINTRAF SERRINHA, a Associação de Malhada do Alto, a Prefeitura Municipal de Serrinha, a APAEB-SERRINHA, a COOPAF SERRNHA, a UNEB/Campus XI, a direção do IF Baiano Campus Serrinha.

 

O QUE APRENDEMOS COM ESSA EXPERIÊNCIA?

 

A Caravana nos proporcionou, como egressas do Técnico em Agropecuária e estudantes em Gestão de Cooperativas, desempenhar tarefas significativas, organizar os espaços, perceber a importância do papel de quem estava apresentando os projetos, trocar conhecimento de forma dialógica, além de desenvolver o processo de formação e construção do conhecimento técnico-científico, tendo em vista que esse processo se torna satisfatório quando dialogado, quer dizer, reconhecemos o “outro” não como objeto de nossa ação, mas como sujeito cognoscente com o qual se estabelecerão as trocas, as vivências e problematizações da realidade. (FREIRE, 2011).
Cada localidade por onde passou a Caravana, revelou-se em espaço de aprendizagem e ensino a partir das suas próprias características sociais e culturais. Diante da diversidade de faixas etárias e dos conhecimentos e saberes, o processo de diálogo em cada localidade, desenrolou-se de forma distinta, por isso, em determinados locais a participação foi pujante, enquanto em outros o envolvimento e engajamento não foram tão intensos.
Reconhecemos, enquanto profissionais em formação, que momentos como esses, são capazes de ensinar a valorizar os elementos identitários e culturais próprios das regiões. As ações constitutivas da Caravana tinham o objetivo de agregar, misturando os(as) seus(suas) integrantes, tornando ainda mais desafiador lançar mão dos pontos convergentes para estabelecer o diálogo, o testemunho das vivências e partilha dos saberes. Nesse aspecto, destacam-se as localidades que procuravam manter vivas as tradições ancestrais e culturais, registrando suas histórias e conhecimentos para as gerações vindouras. A necessidade de manter viva a identidade cultural atravessa o relato de dona Tonhinha que disse:

 

Antes a gente ia para as rezas cantar cantigas de rodas, a lua bonita. Tinham moças e rapazes, ninguém tinha vergonha. Era o nosso divertimento. Hoje, não! Os jovens não querem nem saber dessas coisas boas que aconteciam antes. Eles querem mesmo é um tal de paredão.

 

Portanto, aprendemos que a formação humana deve passar pela valorização daquilo que Souza e Souza (2020) chamaram de “processos endógenos”, no sentido de locais, comunitários; salvaguardando a biodiversidade natural e cultural, respeitando e valorizando o território para além da compreensão do espaço geográfico, posto que é espaço de produção (i)material da vida “[...] com suas riquezas culturais, naturais e econômicas –, dos saberes do trabalho e daqueles construídos em outros espaços sociais, das multiplicidades de gênero, geração, religiosidades.” (SOUZA; SOUZA, 2020, p. 16).
Finalmente, de modo sintético, destacamos na forma da Tabela 1, os fatores que representaram os pontos positivos e os negativos da experiência enquanto estudantes partícipes da Caravana Agroecológica.

 

Tabela 1: Avaliação dos fatores positivos e negativos da Caravana Agroecológica

POSITIVOS

 NEGATIVOS

·         Fortalecimento cultural;

·         Trocas de experiência;

·         Potencialização profissional;

·         Ampliação do conhecimento;

·         Trabalho, organização e planejamento das ações;

·         Diálogo com diferentes culturas;

·         Receptividade das comunidades;

·         Fortalecimento da coletividade;

·         Apresentação dos projetos dos(as) alunos(as);

·         Socialização dos conhecimentos agroecológicos.

·         Dificuldade de envolvimento (por parte de algumas pessoas);

·         Pouco empenho (por parte de alguns articuladores);

·         Ausência de feedback (por parte de colaboradores).

FONTE: Construção das estudantes-autoras do relato enquanto partícipes do processo.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A articulação de diferentes sujeitos sociais por meio da Caravana Agroecológica fez refletir e pensar ações estratégicas para as práticas e diálogos acerca da importância da agroecológica no Território do Sisal. Através da Caravana foi possível estabelecer proximidade com a diversidade cultural territorial e seus aspectos identitários, além de possibilitar que as comunidades apresentassem suas riquezas culturais e suas vivências agroecológicas, bem como seus saberes tradicionais – “deixados de lado” ou esquecidos pelas gerações presentes. Destacamos, também, a interação da sociedade civil com o meio acadêmico, ocasionando uma profunda aprendizagem entre todos(todas) os(as) envolvidos(as).
Projetos como esse possibilitam a reflexão sobre a necessidade das práticas agroecológica para a saúde humana e a sustentabilidade ambiental, também fazem pensar acerca do papel da agricultura familiar na garantia da preservação do meio ambiente no tocante à produção agrícola e seus cuidados com o ecossistema.
Por fim, foi possível perceber que tanto no rural quanto no urbano os saberes e fazeres agroecológicos são importantes para proporcionar a produção e consumo de alimentos de forma saudável e consciente.

 

REFERÊNCIAS

FREIRE, Paulo. Extensão ou Comunicação? Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015.

LEFF, Enrique. Epistemologia Ambiental. São Paulo: Editora Cortez, 2001.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Para uma sociologia das ausências e uma sociologia das emergências. Revista Crítica de Ciências Sociais, 63, outubro de 2002, p. 237-280. Disponível em <http://www.boaventuradesousasantos.pt/media/pdfs/Sociologia_das_ausencias_RCCS63.PDF>. Acesso em 13 set. 2020.

SILVA, Marcio Gomes. LOPES, Leandro de Souza. Inovações metodológicas: caravana agroecológica como processo de análise dos territórios e agroecologia. Cadernos de Agroecologia, v. 10, nº 3, 2015. Disponivel em: http://revistas.aba-agroecologia.org.br/index.php/cad/article/view/18965/13417>. Acesso em 15 set. 2020.

SOUZA, Antonio José de; SOUZA, Heron Ferreira. Introdução. In: SOUZA, Antonio José de; SOUZA, Heron Ferreira. EDUCAÇÃO NO/DO CAMPO: entre o concebido, percebido e vivido. Curitiba: Editora CRV, 2020, p. 15-22.



[i] Cursando Tecnologia em Gestão de Cooperativa, Instituto Federal Baiano campus–Serrinha-Ba

[ii] Cursando Tecnologia em Gestão de Cooperativa, Instituto Federal Baiano campus–Serrinha-Ba.

[iii] Doutorando do Programa de Pós-graduação em Família na Sociedade Contemporânea (PPGFSC) – Universidade Católica do Salvador (UCSal). Professor-orientador (colaborador) da Especialização em Educação do Campo (IF Baiano/Serrinha).


Comentários

  1. Boa noite! Parabéns pela realização dessa caravana! Gostaria de fazer a pergunta seguinte: foi possível identificar, na atividade agrícola desenvolvida nas comunidades visitadas, a prática de variados saberes tradicionais ou tem predominado o uso de técnicas e insumos modernos (mecanização, agroquímicos etc.)? Moisés Leal Morais

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    1. Obrigada! Agradecemos por seu comentário, prof. Moisés. Não foi feito um diagnóstico específico sobre isso nem visitas nas propriedades dos agricultores. As atividades foram desenvolvidas no ambiente escolar de cada comunidade, por ser um espaço de referência para a população local. Nas apresentações das oficinas e nos diálogos com os agricultores, estes se identificavam com os elementos que usávamos e ficou claro para nós que lá ainda prevalece o saber popular e a prática do uso dos seus próprios insumos. A prova disso foi a descoberta do armazenamento de várias sementes através dos bancos comunitários. A ação dos movimentos sociais do campo aqui no território ao longo das décadas e mais recentemente as políticas públicas estaduais focadas na agroecologia têm contribuído para fortalecer práticas agroecológicas e ações coletivas nas comunidades, obviamente com variações de uma para outra comunidade. Embora algumas práticas tradicionais coletivas não sejam tão fortes atualmente, vemos na agroecologia possibilidade para a reconhecimento dos saberes tradicionais, mas isso é um processo lento e envolve várias ações a longo prazo.

      O senhor tem estudado ou feito alguma atividade sobre essa questão dos saberes tradicionais de agricultores? Teria alguma dica para nos dá?

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    2. Bom dia! Orientei recentemente um TCC que abordou os saberes tradicionais em uma comunidade remanescente quilombola na Região do Sisal. Foi identificado que parte desses saberes estão entrando em desuso ou o que deles são produzidos sofrem ressignificações como, por exemplo, o uso de utensilios produzidos artesanalmante da palha de ariri. A metodologia utilizada para mapear os saberes tradicionais nesse contexto foi a coleta de relatos orais, principalmente junto a idosos, o que resultou também na produção de um documentário que será disponibilizado para fins pedagógicos. Avalie se essa perspectiva pode ser pertinente para desdobramentos do trabalho de vocês. Parabéns!

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    3. Olá, Prof. Moisés!
      Tudo bem?
      Espero que sim.

      Obrigado pela participação e, principalmente, por compartilhar sua experiência no Território do Sisal, suscitando reflexões oportunas.

      Forte abraço.

      Prof. Antonio José

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  2. Ana Maria Anunciação da Silva23 de setembro de 2020 às 17:47

    Boa noite, primeiro gostaria de parabenizá-los pelo relato potente. A Caravana Agroecológica, foi de fato desenvolvida com maestria. Enquanto discente do Campus e docente da Básica no Campo e também participante do projeto, me sinto grata. Embora eu não tenha participado de todas as atividades, devido a dificuldade para conciliar com o trabalho e estudos. Mas, ressalto que foram momentos de aprendizados, e de socialização, vi nesse movimento a união entre Comunidade, um intercâmbio de saberes bonito, entre Instituto, sociedade, escolas e Movimento Social em si. Percebi, materializar-se os princípios da Educação do Campo, pensados em conjunto com a agroecologia e através do legado Freiriano. A Caravana deixou saudades.

    Deixo como questões para vocês: Há alguma discussão para retomada do Projeto na pós pandemia?

    Há relatos por parte dos/das agricultores/ras de mudanças nas vivências agroecológicas devido a apropriação de um novo saber?

    Há relatos de docentes, sobre o trabalho com algumas das potencialidades apresentadas na caravana em sala de aula? Ou a contextualização do vivido na família/Comunidade?

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    1. Olá, Ana Maria! É uma satisfação contar com sua participação. É muito gratificante ler seu comentário e saber que você fez parte desses momentos de construção.
      A continuidade do projeto é uma proposta em diálogo que, inclusive, está em pausa por conta dessa parada forçosa, causada pela pandemia.
      A utilização de defensivos naturais e de algumas Plantas Alimentícias não Convencionais (PANC's) foram pautas de oficinas que os agricultores dialogaram, demonstrando interesse e também expondo suas experiências.
      Os docentes e os discentes foram personagens importantes nas atividades ocorridas na Caravana. Trago, abaixo, alguns relatos que os alunos fizeram, em sala de aula, acerca da experiência de participar da Caravana:
      “É importante o plantio sustentável de alimentos, pois visam a preservação do solo, da água e do meio ambiente. Além de incentivar o desenvolvimento da agricultura familiar e gerar renda, promovendo a qualidade de vida.” (aluno do 6º ano - comunidade do Subaé).
      “Eu nunca sabia que a palma poderia fazer o suco, assim como a folha do caju fazia suco. Isso é muito bom, porque a gente passa a conhecer melhor.” (aluna do 6º ano - Comunidade do Subaé).
      “Eu aprendi que a mulher e o homem têm os mesmos direitos, ninguém é melhor que ninguém, mesmo os homens se comportando superiores às mulheres.” (aluno do 6ª - Comunidade do Subaé).

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  3. Muito rico o relato de experiência!! Parabéns pelo desenvolvimento desta Caravana! Minha curiosidade é referente a resistência, por parte de alguns agricultores, da aceitação dos novos saberes, novas práticas... Vcs sentiram essa resistência nas comunidades na quais desenvolveram os trabalhos? O que sugerem para superação deste obstáculo?

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Olá, Daciene! Agradecemos pelo seu comentário.
      Como as atividades foram desenvolvidas no ambiente escolar de cada comunidade, por ser um espaço de referência para a população local, o diálogo ocorreu de forma comunitária. O Território do Sisal tem essa característica de fomentar a participação social e mobilização comunitária. A principal dificuldade foi, em definitivo, a mobilização de alguns grupos.

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  4. Olá! Parabéns pelo compartilhar e aprendizado a partir da experiência da caravana agroecológica. É importante esta interação entre conhecimento científico e conhecimento tradicional, pois contribui para uma visão crítica acerca da estruturação da sociedade. Gostaria que comentasse de forma breve como foi o desenvolvimento da caravana. Como era a dinâmica nas comunidades e entre as entidades representativas? Grata! (Eline Almeida Santos)

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    1. Olá, Eline! Agradecemos o seu comentário.
      A Caravana Agroecológica é um conjunto de projetos realizados no âmbito dos grupos de estudo e pesquisa do IF Baiano - Campus Serrinha. Nesse sentido, o objetivo principal foi fazer um intercâmbio entre as ações que estávamos desenvolvendo, enquanto pesquisa, com aquilo que é próprio das comunidades, ou seja, os seus saberes, suas ciências, sabedorias e culturas. Quanto as entidades; sim, tivemos o apoio de algumas.

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  5. Parabéns pelo relato de experiência, por sinal muito interessante. Uma ação viva que mobiliza os diversos sujeitos e saberes. Minha questão vai no sentido de saber a que fatores vocês atribuem o o ponto negativo: Dificuldade de envolvimento (por parte de algumas pessoas)? Que recomendações poderiam ser feitas aos que desejarem implementar propostas nesse sentido?

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  6. PArabéns pela abordagem da temática, um projeto de extrema relevância que fomentam as discussões no tocante à agroecologia. Gostaria de perguntar a vocês quais as fortalezas e fraquezas que foram observadas durante a execução desta belíssima ação, de modo que possa ser também implementada em outros espaços? (Maria Auxiliadora Freitas dos SAntos)

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  7. Olá Adelma e Elisabeth.

    Que narrativa inspiradora essa que vocês nos apresenta. Mais do que nunca se pensar na saude humana e ambiental se faz urgente. Ao ler essa experiência, percebi que é algo que pode ser realizados em diversos constextos, mas é uma prática que comtemplas as comunidades rurais que muita vezes não são inseridas nos processos formativos e não valorizadas como detentoras de diversos conhecimentos. Importente essa interação e troca de saberes.


    Marta Veronica Correia de Souza

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  8. Elisabeth, amei a caravana! Se morasse mais perto do IF Serrinha teria também participado. A professora Maria Auxiliadora sempre compartilhou no grupo da pós Graduação em Educação do Campo - IF Serrinha, as experiências. Muito lindo o trabalho de vocês. Parabéns!

    Abraço a todas(os).

    Maria Helena Brito de Almeida.

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  9. Maria Ângela Silva Alves29 de setembro de 2020 às 18:27

    Prezados (as);

    Primeiramente gostaria de parabenizá-los por compartilhar conosco esse belo relato, de saberes e troca de experiência que a Caravana os proporciou.
    No entanto, gostaria de saber a respeito dos pontos fracos apresentados na tabela 1, ao que se refere as dificuldades encontradas, vocês tentaram desenvolver algum trabalho como tentativa de solucionar tais problemas?

    Parabéns pelo trabalho.

    Maria Ângela Silva Alves
    (Bom Jesus da Lapa/BA)

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  10. Saudações aos participantes!

    Estamos chegando ao fim do I Congresso Internacional Online de Educação Profissional, Territórios e Resistências. Agradeço muitíssimo a participação de todas/os vocês que se dispuseram a estar conosco.

    Refletimos, debatemos e dialogamos, ao fim, estou satisfeito e agradecido pela colaboração de todas/os e até o próximo!

    Abraços!!!

    Antonio José de Souza

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