A PESQUISA E EXTENSÃO COMO PRÁTICAS EDUCATIVAS NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA EMANCIPATÓRIA: EXPERIÊNCIAS NO LAPPRUDES
Maria Ângela Silva Alves. IFBAIANO Campus Lapa. E-mail: angelariacho@gmail.com;
Mônica
da Silva Carmo. LaPPRuDes / IFBAIANO. E-mail: silvacarmomonica@yahoo.com.br;
Felipe
Nonato dos Santos. IFBAIANO Campus Lapa. E-mail: felipenonato3@gmail.com;
Fabiana
Maranha da Silva. IFBAIANO Campus Lapa. E-mail: fabianasimaranha@gmail.com;
Itana
Domingues Boa-Sorte. IFBAIANO Campus Lapa. E-mail: itanadbs33@gmail.com.
Introdução
No ano de 2014 éramos cinco jovens com
histórias distintas, mas, reconhecíamo-nos como jovens rurais e urbanos. Jovens
que já tinham terminado o curso superior ou estavam cursando; o fato é que nos encontrávamos
em crise diante da emergência das escolhas acadêmicas e profissionais. Tínhamos
em comum a força oriunda das nossas ruralidades e o (re)conhecimento da
importância do pensamento de Paulo Freire nos levando a compreender a prática
educativa como uma prática social, um processo de intervenção no mundo.
Ao ingressarmos no Curso Técnico em
Agricultura, no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Baiano, Campus
Bom Jesus da Lapa, sonhávamos com uma profissão e já compartilhávamos da ideia
de que a Agricultura - realizada por
nossos pais, familiares, comunidades - pudesse ser mais valorizada e praticada
de modo que não fosse tóxica à saúde humana e ao meio ambiente, no entanto,
desconhecíamos o conceito de Agroecologia.
Naquele espaço acadêmico, ouvíamos falar
da relação intrínseca entre ensino, pesquisa e extensão. Na nossa curiosidade aguçada,
inclusive, por compreendermos e participarmos dessa dinâmica, realizamos uma
seleção para ingressamos no Laboratório de Políticas Públicas Ruralidades e Desenvolvimento
Territorial - LaPPRuDes, grupo vinculado ao Instituto e tem o objetivo de i) desenvolver
estudos e pesquisas relacionados as diferentes matizes que articulam políticas
públicas, ruralidades e desenvolvimento; ii) contribuir com as comunidades
locais e o território de identidade do Velho Chico no que tange ao entendimento
da relação das questões sociais, econômicas, educacionais e tecnológicas, e iii)
promover estratégias de intervenções locais, a partir do diálogo com as
comunidades, no âmbito dos pressupostos da tecnologia social.
Após um período de formação (leituras,
debates, orientações, estudo de metodologias, métodos de pesquisa e extensão,
diagnósticos das realidades locais etc.), iniciamos projetos que visavam a compreensão
do rural no Território do Velho Chico, implicada na Educação do Campo, na
Agroecologia, no Associativismo e Cooperativismo.
Ao mergulhamos no fazer pesquisa e
extensão de caráter dialógico e problematizador, reconhecendo os sujeitos do
campo como cognoscentes, no sentido de “fazer com eles”, fomos atravessados(as)
e transformados(as) por e com esses processos, firmando, desse modo, nossas
escolhas e propósitos acadêmicos, profissionais e de militância.
Por isso, em face do exposto, é necessário enfatizar que o processo de reflexão-ação-reflexão crítica, constitui o primeiro passo para se alcançar uma consciência política e um engajamento transformador. Como salienta Freire (1980, p. 35), “[...] o homem [a mulher] chega a ser sujeito por uma reflexão sobre sua situação no seu ambiente concreto [...]”. Ainda mais num contexto em que a racionalidade dominante desconstrói a relação da rede local-global-local e aguça o distanciamento desses homens, dessas mulheres.
Desenvolvimento
Nossa vivência no LaPPRuDes, durante a
realização do curso técnico, aumentou em nós e, também, nas nossas comunidades,
a importância de formar técnicos/as que, ao invés de impor conhecimentos e métodos,
fossem dinamizadores dos processos dessas comunidades, intermediando debates e
incentivando-as na produção e no intercâmbio dos seus conhecimentos, histórias,
culturas e identidades. Quer dizer, técnicos(as) educadores(as), conforme
conclamou Paulo Freire. Não interessa impor, repetir, reduzir o conhecimento; interessa
o contato com a realidade, o conhecimento como estudo do mundo que nos rodeia,
a capacidade de reflexão e ação.
Nesse sentido, procuramos identificar
quais os anseios das comunidades do campo diante de um processo de
autorreflexão de suas trajetórias, dos(as) atores(atrizes) territoriais e
sociais envolvidos(as), privilegiando o diálogo com as comunidades, propiciando
a reflexão mútua sobre os avanços e problemas vividos, pensando o futuro.
Aprendemos que é preciso atuar com cuidado
para não supervalorizar os saberes científicos e técnicos em detrimento dos
saberes populares; quer dizer, isso não significa negar aqueles saberes, mas
reconhecer que eles precisam relacionar-se também com um olhar crítico sobre o
mundo do trabalho e a realidade concreta em sua complexidade e inter-relações,
sem desconsiderar os problemas vividos pelos homens e mulheres do campo e da
cidade, sua cultura, valores e identidades. Toda essa construção fez a
diferença para que conseguíssemos ter um olhar diferenciado quando falávamos
com os(as) agricultores(as) familiares, enfatizando, pela valorização e problematização,
a importância dos seus trabalhos para a economia, o abastecimento das feiras e dos
comércios locais.
Percebemos que o rural tem muito a
contribuir com relação a valorização dos conhecimentos empíricos que são, muitas
vezes, deixados de lado para favorecer o conhecimento científico apropriado e
apropriável pelos atores hegemônicos da economia nacional-global. Reconhecemos
que aqueles conhecimentos são riquezas oriundas das experiências que cada
agricultor e agricultura trazem consigo e que, em hipótese alguma, podem morrer.
Com esses(as) agricultores(as) experienciamos
importantes atividades, como a participação nos grupos de discussão dos
projetos, estágio de vivência, viagem de campo, roda de conversa, realização de
entrevistas, participação em eventos científicos, apresentação de artigos,
publicação em revista e a obtenção da bolsa de Iniciação Científica Junior.
Nossas vivências com projetos de pesquisa-ação
foram valiosas pela oportunidade de somar esforços e dividir experiências com
uma equipe interdisciplinar que compõe o grupo do LaPPRuDes. A troca de saberes
entre os(as) orientadores(as) e os(as) estagiários(as) culminou em uma
autonomia e criatividade para enfrentar desafios; consequentemente, gerou
pertencimento, que permitiu grandes avanços, refletindo no que somos hoje.
Nesse processo de participação nas atividades descritas, percebemos que ainda
há muito a ser feito no sentido de estabelecer uma maior inter-relação com as
comunidades, ou seja, provocar a reflexão sobre as nossas ações e as
necessidades dos(as) atores(atrizes) sociais do território. O LaPPRuDes
alcançou muitos dos objetivos da extensão popular agroecológica, mas temos ainda
grande potencial para outros avanços.
Indiscutivelmente essas experiências foram
importantes, pois, hoje, entre nós, tem: administradora, estudantes de
engenharia agronômica, especialistas em Inovação Social com ênfase em
Agroecologia e Economia Solidária, mestre em Extensão Rural. Através das nossas
formações procuramos ensinar e aprender conhecimentos, promovendo educação e
auxiliando agricultores(as) locais a construir novos conceitos a partir do
conhecimento tradicional, rompendo, desse modo, com os pacotes tecnológicos do
agronegócio. Afinal, como orienta Paulo Freire - nos livros Pedagogia da
Autonomia (1997) e Comunicação ou extensão (1983) -, nos quais
defende a não transferência de conhecimento do professor(a)/educando(a) e/ou
extensionista/agricultor(a), ressaltando a importância de se respeitar e
reconhecer os conhecimentos derivados das experiências.
Nesse sentido, nomina essa extensão rural, como educadora, compreendida em sua perspectiva verdadeira, que não é outra, senão a de humanizar os homens e mulheres na ação consciente que este deve fazer para transformar o mundo. Por isso, consideramos a extensão como uma prática educativa, posto que, a partir de Freire (1983), a comunicação implica dialogicidade, coparticipação dos(as) sujeitos(as), interdisciplinaridade, emancipação e libertação. Portanto, o(a) técnico(a) / educador(a) deve ter num processo constante a práxis e buscar o diálogo com os(as) camponeses(as) e, de tal modo, ajudar a melhorar a realidade e transformá-la.
Conclusão
As oportunidades oferecidas nos
possibilitaram um maior conhecimento no que se refere ao desenvolvimento
territorial, cuja abordagem é muito irrisória no currículo do curso Técnico em Agricultura
(IF Baiano – Bom Jesus da Lapa). O LaPPRuDes nos ajudou e nos ajuda a construir
uma consciência articulada com a prática que, para Freire (1983,1997), é
desafiadora e transformadora, onde são imprescindíveis o diálogo crítico, a
fala e a convivência, para que tenhamos uma formação acadêmica com um saber
ampliado, proporcionado por novas experiências e vivências, tornando-nos
profissionais do meio rural mais conscientes, politizados(as) e humanizados(as).
Pois, de acordo com Freire (1983, p. 26), a
educação não é neutra, não é esvaziada de significação política, afinal “[...] do
ponto de vista crítico, é tão impossível negar a natureza política do processo
educativo quanto negar o caráter educativo do ato político [...]”.
Definitivamente, somos norteados(as) por esse pensar, juntamente com a metodologia participativa - que associa a prática profissional ao conhecimento teórico -, responsáveis por ampliar e embasar nosso conhecimento, nossa vida profissional e pessoal, favorecendo o nosso crescimento enquanto ser humano. Assim, seguimos acreditando que estamos contribuindo com a construção de uma nova conjuntura junto aos(às) trabalhadores(as) rurais.
Referências
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1997.
______. Extensão ou comunicação? 7a Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1983.
______.
Conscientização: teoria e prática da libertação – uma introdução ao
pensamento de Paulo Freire. 4. ed. São Paulo: Moraes, 1980.
Olá, Maria Ângela, Mônica, Felipe, Fabiana e Itana!
ResponderExcluirTudo bem?
Espero que sim.
Achei o relato de vcs um bom exemplo de potência.
Obrigado por compartilhá-lo.
Percebi que as ações do LaPPRuDes constituem, por assim dizer, o início de tod@s. Nesse sentido, queria saber sobre o atual vínculo de vcs com o LaPPRuDes, isto é: vcs ainda estão engajad@s nas atividades de pesquisa? Fomentam discussões e publicam no âmbito desse grupo de estudo/pesquisa?
Parabéns pelo trabalho.
Um forte abraço!
Antonio José de Souza
(Itiúba/BA)
Boa noite, Antonio!
ExcluirTudo bom.
Muito obrigada, por está aqui e ter apreciado nosso relato.
Sim, ainda estamos engajados nas atividades de pesquisa, atualmente estamos com um projeto de apicultura em andamento, onde a partir dele conseguimos fazer várias publicações como também ministrar cursos vinculando a teoria com a prática.
Temos também um projeto de montagem de um banco de Sementes Crioulas, que está passando por uma reformulação pra ampliar as ações e o público envolvido.
Projeto esse que na sua fase inicial que foi a montagem do banco de sementes, nos possibilitou a escrita de alguns trabalhos e ministrar algumas oficinas.
Um grande abraço!
Fabiana Maranha da Silva
(Bom Jesus da Lapa/BA)
Quere parabenizar a Maria Ângela, Mônica, Felipe, Fabiana e Itana! pelo relato apresentado!
ResponderExcluirFico muito satisfeita quando percebo que no contexto da educação profissional e tecnológica existem projetos de extensão que envolvem os estudantes com a comunidade, prova disso é que hoje estou com um projeto de extensão aprovado que envolve o estagio de vivencia com os estudantes do ensino médio integrado do curso técnico em agropecuária em Valença/BA. Gostaria de saber quais foram os desafios que vocês vivenciaram neste percurso formativo? esta experiência ajudou a vocês no decorrer dos cursos de graduação?
Rosimere Silva Santos Lima
Prezada Rosimere;
ExcluirPrimeiramente obrigada pela sua reflexão e considerações para com o nosso trabalho, e parabéns pela aprovação do seu projeto de extensão.
Podemos perceber vários desafios ao decorrer deste percurso, desde dificuldades externas, como: falta de apoio dos órgãos municipais e estaduais; dificuldade em acessar as politicas públicas, falta de assistência social; assistência técnica, quanto a dificuldades internas como: falta de equipamentos; falta de organização, e capacitação vivenciados em algumas comunidades.
Sim essa experiência contribui bastante para o nosso desenvolvimento pessoal profissional e principalmente acadêmico.
Obrigada, um forte abraço!
Maria Ângela Silva Alves
(Bom Jesus da Lapa/BA)
Prezados autores, parabéns! Fiquei interessado em saber mais e sendo assim, poderiam exemplificar, mesmo que de forma sucinta, algumas práticas de extensão realizadas por vocês durante a atuação relatada? No artigo a relevância é descrita, porém seria interessante ilustrar com exemplos práticos, principalmente neste atual momento de curricularização da extensão para o ensino superior.
ResponderExcluirBom realizamos diversas oficinas e minicursos de apicultura em 4 municípios do Território do Velho Chico, temos parcerias pra doar as rainhas de abelhas produzidas pra associação de produtores de Serra do Ramalho, a convite de órgãos como a Codevasf temos disseminados o que aprendemos em comunidades do município de Lapa... Isso me refiro ao que ainda esta em andamento. Até a paralisação da pandemia.
ExcluirOlá, Vinícius Silveira. Primeiramente, agradeço em nome do grupo. Fico feliz que tenha gostado do nosso relato de experiência.
ExcluirO projeto do qual fiz parte, referiu-se a etnobotânica, que surgiu por meio de problemas ocorridos em hortas agroecológicas em uma comunidade no município de Bom Jesus da Lapa - Ba, devido a invasão de animais como aves e suínos. Foi realizado levantamento de plantas nativas da Caatinga na comunidade, por meio de turnê guiada, para identificação dos usos e potenciais que poderiam servir como afastamento desses animais. Dentre as 77 espécies identificadas, duas chamaram nossa atenção, sendo elas a Macambira (Bromélia laciniosa) que chega a um metro de altura, espinhos duros e impede a passagem de animais. E a Faveleira ( Cnidoscolus phyllacanthus) pode chegar até 8 metros de altura, ramificada e pode servir como quebra vento nas hortas.
Como um estudo levou ao outro, ao concluir o curso técnico, desenvolvi um projeto para buscar minha inserção no programa de Pós- graduação de Inovação Social com ênfase em Agroecologia e Economia Solidária, coordenada pelo LaPPRuDes, dando continuidade ao levantamento etnobotânico utilizando os recursos vegetais da Caatinga como umbu e jenipapo para produção de redes solidárias.
Após conclusão da pós, a experiência e diálogo que obtive com as agricultoras a respeito dos usos de algumas espécies da Caatinga, despertou o meu lado empreendedora e junto com outra lapprudiana/amiga Fabiana, começamos no ano de 2018 a produzir e comercializar licores caseiros em Bom Jesus da Lapa, nos gerando renda no período junino.
Não tenho palavras para expressar minha gratidão a família LaPPRuDes por todo aprendizado, reflexões, inquietações e crescimento pessoal que me proporciona.
Itana Domingues Boa-Sorte (Bom Jesus da Lapa - Ba)
Parabéns aos autores!!!
ResponderExcluirImportante pesquisa para o conhecimento agronômico. Gostaria de saber se a pesquisa contribuiu para agricultores da região?
Maria Erenita de Amorim Coelho
Parabéns pelo relato. Muito rico e gratificante as experiências e o sentimento que vocês transcrevem neste relato. Assim como Vinicius, fiquei curiosa por ler alguns exemplos práticos de atuação do laboratório. Entretanto o relato já aponta a riqueza dessa prática.
ResponderExcluirPrezada Leila;
ExcluirObrigada pela reflexão para com o nosso trabalho, e pelas considerações.
Experenciamos importantes atividades, como: viagem de campo para dignostico e analise participativa, realização de evento com exposição dos subprodutos dos agricultores, visitas as comunidades para identificação dos problemas com apresentação de cartilhas com orientações para resolução de possíveis problemas encontrados na comunidade, realização de atividades de formação, minicursos e palestras.
Obrigada, forte abraço!
Maria Ângela Silva Alves
(Bom Jesus da Lapa/BA)
Boa tarde! Parabéns pelo belíssimo relato. Percebe-se que o fazer pesquisa e extensão ampliou a experiência educativa de vocês e proporcionou um lugar de "fala" e "convivência", que é essencial quando se fala em protagonismo estudantil. Gostaria de saber quais os principais desafios enfrentados por vocês? Sobre o apoio de professores e da instituição.
ResponderExcluirParabéns, pelo relato de experiência exitosa! "Educação que transforma pessoas, pessoas que transformam o mundo". Percebo também a valorização dos diferentes saberes para construção de uma nova realidade. Queria saber um pouco mais da história do Grupo de Pesquisa e quais pesquisas estão em andamento nesse momento? Mais uma vez, parabéns!
ResponderExcluirCleomar Felipe Cabral Job de Andrade.
Obg ,Cleomar
ExcluirTemos alguns relatos em eventos falando sobre nosso grupo, poderíamos enviar pelo email.
Acabei de chegar de uma reunião com líder de a associação tratando de novas parcerias em atividades de apicultura e meliponicultura...
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirO relato de vocês é muito emocionante. fiquei sem palavras... Gostaria de parabenizar a todxs vocês, que lutam por uma educação inclusiva. Certamente as dificuldades são grandes, mas nuca devemos nos desmotivar, e parabenizo o lindo trabalho feito no LAPPRUDES.
ResponderExcluirGostaria muito de saber as principais ações feitas pelo LAPPRUDES com os moradores da zona rural. Forte abraço!!!
Boa tarde agradeço, tivemos diversos projetos de 2014 para ate hoje, ajudamos a "emcubar" associação de mulheres, disseminar o que aprendemos na academia em associações no entorno do campus...
ExcluirNo que tange
A produção agroecológica e a produção apícola...dentre outras tantas experiências
Obrigado, rico trabalho.
ExcluirParabéns ! Relato muito interessante.
ResponderExcluirBoa tarde! Parabéns pelo belíssimo relato de protagonismo estudantil que nos trouxeram. O podem contar sobre o apoio de professores e da instituição em que estudam? Fez diferença nessa experiência de vocês? como?
ResponderExcluirEliane Vieira de Ataides Valim
Boa tarde Elaine, bom os nossos orientadores deram todo suporte que podiam, ja os que viam nosso trabalho a distância nos achavam petulantes....kkkkk havia uma certa empatia ate por que além do LAPPRUDES, a maioria era atuante no movimento estudantil.... Sempre estamos a frente na cobrança... Então tinha um custo, alguns desafios a mais....mas ainda estamos aí pra questionar e agir!
ExcluirGostaria de parabenizar pelo relato. É perceptível a importância da pesquisa e da extensão no processo formativo. Para vcs como seria esse processo formativo sem o envolvimento nas atividades relatadas?
ResponderExcluirMaíra Vitória Moreira dos Santos
Prezada Maíra;
ExcluirObrigada pelas considerações e pela reflexão.
As oportunidades vivenciadas atraves do Laboratório de Politicas Públicas Ruralidades e Desenvolvimento Territorial (LaPPRuDes) nos possibilitaram um maior conhecimento no que se refere ao desenvolvimento territorial, cuja abordagem é muito restrita em nossa grade curricular.
Deste modo esse processo formativo nos ajuda a construir uma consciência articulada com a prática, que para Freire, é desafiadora e transformadora, onde são imprescindíveis o diálogo crítico, a fala e a convivência.
Logo, sem esse envolvimento o processo formativo seria (vazio) deficiente, de toda essa riqueza que a vivencia nos proporciona.
Obrigada, forte abraço!
Maria Ângela Silva Alves
(Bom Jesus da Lapa/BA)
Gostaria de parabenizar pelo relato. É perceptível a importância da pesquisa e da extensão no processo formativo. Para vcs como seria esse processo formativo sem o envolvimento nas atividades relatadas?
ResponderExcluirMaíra Vitória Moreira dos Santos
Boa tarde Maíra, olha não consigo me enxergar um "eu" sem esse processo de formação do/no LAPPRUDES ... Foi um vinculo de motivação ate pra permanecer minha vida acadêmica... Quando pensei em desistir essa participação era o que mais doía de abrir mão... Infelizmente não tenho uma resposta, pra vislumbrar como eu seria como estudante sem isso...
Excluir